domingo, julho 31, 2005

 

11. Dinheiro

Alguém me disse o seguinte e acho que resume perfeitamente o custo de vida aqui:


"Tudo é barato na Índia, exceto cerveja e papel higiênico"


Um dolar vale 42 rúpias. Um real vale mais ou menos 20 rúpias. Alguns preços, só pra comparar com o real (R$):

- Uma refeição vegetariana sai por menos de R$ 1,00. Se escolher não vegetariana, pode chegar a uns R$ 2,50. Hoje comemos num dos melhores restaurantes de Hyderabad, chamado Paradise. A comida estava deliciosa, nem se compara ao "bandeijão" aqui do STC. Gastamos ao total uns R$ 10,00 por cabeça, o que é considerado bem caro. Eu já vi refeição completa por menos de R$ 0,50, mas o "cozinheiro" tava fazendo a comida na rua e mexendo com a mão. Isso mesmo, metendo o maozão na panela!! hehehe, nada higiênico (foto do cozinheiro abaixo).



- Uma corrida de ricksaw (taxi pequeninho com 3 rodas) de poucos quilômetros sai por menos de R$ 2,00.

- Roupas são muito baratas. Uma camisa social custa mais ou menos R$ 10,00.

- Ontem comprei um brinco de pérolas (tem um grande mercado de pérolas em Hyderabad). Os indianos adoram negociar e sempre colocam o preço lá em cima esperando que você barganhe. Essa foi a minha primeira negociação e não sei se fui muito bem, pois nunca se sabe quando atingiu o valor ideal. O preço começou em 650 rúpias e terminei comprando por 400 rúpias (R$ 20,00) , após uns 15 min de "batalha". Talvez poderia ter comprado por menos, nunca vou saber.

sexta-feira, julho 29, 2005

 

10. Fotos da visita ao orfanato

Abaixo as fotos da visita ao orfanato.
Para ampliar as fotos e so clicar em cima (viu mae! hehehe).


Transito no centro antes de ir para o orfanato.


Chegamos no horario do almoco.


As criancas estavam chegando da escola para almocar. Mais a direita a amiga italiana do Massimo que trabalha voluntariamente no orfanato. Do meu lado de azul e o Massimo e do lado dele a trainee de Singapura. Na minha esquerda, a Nora do Mexico.


Criancada reunida.


Foto com um orientador e algumas criancas.


Patio do centro de reabilitacao.


Um dos predios do centro de reabilitacao.


Campinho onde joguei uma pelada com a criancada. Ronaldo, Ronaldo! hehehe


Oficina de trabalho.


Indiano aprendendo a trabalhar em uma das oficinas.


Biblioteca.


Outra oficina de trabalho.


Aprendendo a costurar.


Roupas doadas armazenadas.


Indiano trabalhando.


Sala de aula.


Roupa secando no telhado. Eles deixam a roupa assim secando e depois lavam denovo.


Da pra ver as criancas na escola ao fundo.


Beata da Eslovaquia, Nora do Mexico e eu no telhado.


Vista de um dos predios do telhado.


Segunda vista do telhado.


Lugar onde eles fazem as refeicoes (comem no chao).


Sala dos computadores. Indiano escrevendo em telugu (lingua local de Hyderabad).


Colocamos 5 mais o motorista no Rickshaw na volta do orfanato para o centro. Acham que nao que cabe?! Cabe sim! Ele nos cobrou 10 rupias a mais por colcar tanta gente, hehehe, so R$ 0,50. Esse motorista foi o mais lunatico que eu jah peguei, ele andava a milhao passando a centimetros dos outros carros. Fiquei totalmente apavorado.

 

9. Orfanato

Ontem fomos visitar um orfanato, onde trabalha voluntariamente uma amiga do Massimo (italiano que mora comigo). O que era pra ser uma simples visita no horário do almoço, se tornou em um programa para o dia inteiro e uma experiência fantástica. O orfanato é mantido pela fundação Don Bosco, que esta presente em diversos países, inclusive no Brasil. O trabalho deste orfanato é recolher crianças carentes das ruas (apenas meninos) e fornecer condições para que elas tenham um futuro. Como eles fazem isso? As crianças são recolhidas em um local perto do centro de Hyderabad, onde passam por um período de adaptação, chamado de Re-Orientação. Este período é necessário porque muitas crianças chegam com problemas psicológicos, resultado de violência, abuso sexual e etc. Depois da Re-Orientação, elas são encaminhadas para o Centro de Reabilitação, que fica longe do centro e conta com estrutura para acomodar mais de 300 crianças. As crianças são livres para irem embora e, apesar da fundação Don Bosco ser católica, são livres para escolher qualquer religião. No Centro de Reabilitação, dependendo da idade, as crianças vão pra escola, ou para oficinas de trabalho onde podem aprender todo tipo de coisa: carpintaria, tecelagem, eletricidade, encanamento e etc. Toda essa estrutura é mantida por doações, especialmente de países como Alemanha, Itália, Áustria e Espanha. Depois do período de reabilitação, a fundação Dom Bosco procura emprego e mulher para as crianças. Isso mesmo, arranjam o casamento! É importante arranjar uma mulher porque essas crianças, por serem pobres e abandonadas, pertencem às castas mais inferiores e isso dificulta a procura por parceiros. Agora pra aproveitar a deixa, aqui na Índia existem classificados para procura de parceiros, é muito engraçado! Ontem tava olhando no jornal um desses anúncios: “Mulher procura homem de família decente para estabelecer relação duradoura”. Isso é o que eu me lembro do anúncio, mas eles especificam um monte de coisas, tipo: altura, religião, profissão e casta, hehehe.

Agora a parte mais divertida da visita. Eu tava usando uma camiseta do Brasil e alguém falou que aquela era a camiseta do Ronaldo. Alguns deles não entenderam direito e pensaram que eu era o Ronaldo! Como eles não falam inglês direito (alguns falam alguma coisa, mas a maioria não), eu tentava explicar que era só a camiseta e que eu não era jogador, mas eles não entendiam e ficavam me abraçando e pegando na minha mão repetindo sem parar: “Ronaldo, Ronaldo, Ronaldo!”, hehehe. As crianças são muito queridas!! Ao invés de você divertir eles, eles acabam divertindo você. Era só eu chegar em um lugar e logo eles me rodeavam por todos os lados e começavam a pegar na minha mão e fazer milhares de perguntas, sempre rindo muito. É engraçado que todos eles querem tocar em você, alguns deles agarravam a minha mão e não soltavam mais. Eles adoram tentar ensinar a falar a língua deles chamada Tanigul (lingua local de Hyderabad). Eu lembro de pelo menos uma palavra: “uandanalu”, que significa “obrigado”. É um ambiente contagiante, uma vez lá, não dá mais vontade de ir embora!!

quarta-feira, julho 27, 2005

 

8. Dormindo no trabalho

Ontem fomos em um restaurante/bar chamado Dhaba tomar umas cervejas lá pelas 23hs, afinal tô na seca desde que cheguei, e não via a hora de provar a famosa Kingfisher! O Dhaba fica a uns 20min de caminhada, fora do STC. Dizem que beber cerveja é proibido em Hyderabad, mas sempre se dá “um jeito”, hehehe. Na verdade, parece que eles vendem cerveja em qualquer lugar, mas nao eh barato (55 rúpias = R$ 3,50) . A kingfisher eh muito boa, mas não é servida gelada. Agora vem a parte mais interessante, já tinha lido que os indianos costumam dormir no local de trabalho, mas essa foi a primeira vez que vi ao vivo. Estávamos bebendo tranqüilamente em uma mesa dentro do bar quando um indiano estendeu a roupa de cama em cima de uma mesa (isso mesmo, em cima da mesma mesa onde os clientes comem durante o dia!!) e deitou tranqüilamente, como se nós não estivéssemos ali do lado. Ficamos ali mais uns 30min até terminar a cerveja e fomos embora porque começamos a nos sentir mal por estar atrapalhando o sono dele.

O treinamento ia comecar hoje, mas fomos avisados ontem que eles adiaram pra quinta, entao temos mais um dia livre pra fazer o que der na telha! Agora estou no centro em um Cyber Cafe com um italiano, uma eslovaquia, uma mexicana e outra de Singapura. O italiano tem um amigo que trabalha voluntariamente em um orfanato para criancas carentes e nos vamos fazer uma visita daqui a pouco (no horario do almoco das criancas).

segunda-feira, julho 25, 2005

 

7. Fotos do Satyam Technology Center


Apartamento que o Santiago e o Zamin moram.


Segunda vista do apartamento dos guris.


Meu apartamento no STC.


Vista da sacada do meu apartamento.


Vista da sacada 2.

 

6. Primeiras fotos da India


Transito caotico. O motorista do onibus buzina de 5 em 5 segundos.


Pedintes na janela do onibus.


Flat dos trainees.

 

5. Primeiros dias na India


Finalmente cheguei!

Finalmente cheguei na Índia domingo (24/7) de madrugada. O vôo de Londres ate Mumbai foi tranquilo, tirando uma criança de uns 5 anos que ficou chorando e pisando no meu pé o tempo inteiro. Em Mumbai passei pela imigracão e peguei um voo doméstico para Hyderabad (se pronuncia “raiderabad”). O processo de imigração foi o primeiro momento que notei o ritmo dos indianos. O oficial da alfândega parecia não ter nenhuma pressa, apesar da fila enorme. Olhou para o passaporte e pra minha cara várias vezes. Depois digitou alguma coisa em um computador ultra antigo e carimbou meu passaporte (não fez nenhuma pergunta!). Mas o que mais impressionou em Mumbai foram os “security checks”. Eles parecem ser totalmente paranóicos com seguranca, pois nem nos EUA (voltando do Canadá) eu fui tão revistado. Depois de passar pela segurança e trocar de terminal (tive que pegar um onibus pra trocar de terminal), peguei o voo para Hyderabad com uma empresa local chamada Jet Airwais. O atendimento foi muito bom, mas a comida é estranha, me deram pra tomar um suco de limão salgado. Não gostei do gosto e fiquei olhando pro rótulo e o indiano ao meu lado disse: “drink it, it's good!”. É normal eles puxarem conversa e muitas vezes ficam me encarando. Depois do suco salgado e da comida, deram um pacotinho com uns grãos parecido com alpiste, mas com gosto de menta. É bom!

Aeroporto

Cheguei em Hyderabad 4:30, mas já estava imaginando que ninguém estaria me esperando, afinal os indianos já têm fama de impontuais, pior ainda em um domingo de madrugada. Fiquei esperando sentado até umas 5:30, quando chegou um membro da Aiesec pra me buscar. Antes disso, um funcionário do aeroporto se aproximou e puxou conversa:
- Where are you from?
- Brazil.
- Oh, Argentina!
- No, no, I'm from Brazil, which is near to Argentina, but is a different country.
- Hey guys, he is from Argentina!
Avisou para os amigos que eu era argentino, apesar da minha tentativa de explicação. Acabei desistindo, hehehe. Eles são muito simpáticos e estão sempre sorrindo. Ainda conversei um pouco com ele sobre religião, já que eu estava lendo sobre isso naquele momento. Vou aproveitar e colocar aqui um trecho do livro que eu estou lendo, que é um bom resumo sobre a religiosidade e o consumo na Índia:

“O grandre propósito da cultura indiana é o conhecimento. Mas apesar de quase tudo na Índia tratar do tema espiritualidade, pela importância dada as religiões e aos deuses, os avanços da ciência e da tecnologia também fazem parte da vida dos indianos. A Índia tem exportado PHD's na área de software para Estados Unidos e Europa, tornando-se referência internacional. Na pesquisa espacial e biotecnologia, também tem mostrado notáveis avanços. Diante da religiosidade e de uma heranca cultural de cinco milênios, o povo é solidário. Nem mesmo a ocupacão britânica (1820-1947) ou o processo de globalizacão conseguiram mudar hábitos e costumes. Pelo fato de grande parte da população ser vegetariana e não comer carne de vaca porque é sagrada, a agricultura ocupa grandes espaços. Segundo informa o site do Consulado da Índia, “mesmo que muitas pessoas não tenham nem teto, talvez sapato, sempre existe comida fácil e barata, além da disposição de ajudar uns aos outros ser uma prática natural para o indiano”. A diversidade de religiões como o hinduismo (83% da população), o islamismo (11%) e o siquismo (2%), aliada ao trabalho informal, deixa pouco espaco de consumo para 700 milhões de pessoas que ficam de fora do mercado de consumo convencional. Isto considerando que 300 milhões de pessoas compõem a classe média, conforme dados oficiais.”

Flat dos trainees

O Adytia (membro da Aiesec) me levou para um flat onde moram alguns trainees (não é o lugar onde vou ficar). No caminho já deu pra notar a bagunça do trânsito. Ele ia dirigindo o Tata car no meio de uma tempestade sem enxergar quase nada buzinando em todas esquinas e “tocando ficha!”, hehehe, emoção forte quando cruzamos com um caminhão, deu a impressão que íamos bater de frente. O flat estava virado de cabeça pra baixo, eles tinham feito uma festa na noite anterior e tava todo mundo dormindo espelhado pela casa, cheio de garrafas de bebida e lixo pelo chão. O banheiro estava sem condições de uso com um cheiro horrível. Dei graças a deus que eu não ia ficar morando ali. Deitei em um sofá e peguei no sono.

City Tour

Me acordaram 8:30 dizendo que eu ia participar de um City Tour. O que eu mais queria era tomar um banho e dormir, mas fazer o que né, vamos lá! Éramos ao total uns 12, todos novos trainees. Entre os países estão: Mexico, Eslovaquia, Singapura, Noruega, Rep. Checa, Romenia e Franca. Mais mulheres do que homens.
Pegamos um ônibus de turismo e fomos passear pela cidade, visitando templos, monumentos, tumbas, mesquitas, fortes, museus e um zoológico, sempre guiados por um indiano que falava um inglês impossível de entender. De vez em quando, ele contava alguma piada e ficava rindo sozinho, pois ninguém entendia bulhufas, hehehe. O passeio durou o dia inteiro! Se eu fosse contar tudo, seriam várias páginas de texto, então vou descrever só alguns pontos principais:

- Trabalho na rua – durante o percurso, vi vários trabalhadores exercendo suas funções na rua. Na ida, um vendedor de peixes estava sentado no chão cortando os peixes em cima de uma lona direto no asfalto, um cheiro de peixe insuportável. Depois, no caminho para um templo, passamos por uma ruela, tipo um beco de favela, onde vários trabalhadores exerciam suas funções em casinhas precárias, tipo essas de favela mesmo. Um barbeiro estava cortando o cabelo do cliente, que estava sentado no chão.

- Ritual de sacrifício - visitamos um forte, onde estava acontencendo algum tipo de ritual religioso. Durante o percurso, dei de cara com uma poca de sangue no chao. Mais adiante, dois homens segurando uma galinha viva e uma mulher com uma faca na mao. Adivinha o que ela fez... cortou a cabeca da galinha e soltou no chao. Todos os trainees ficaram olhando surpresos aquela galinha sem cabeca correndo e se debatendo no chao. Foi uma coisa bem assustadora pra mim, eu nao sabia que uma galinha podia ficar tanto tempo viva sem cabeca.

- Batucada - na saida do forte, um monte de indianos com tambores fazendo uma batucada muito legal e dancando freneticamente. Atras deles, umas mulheres carregando na cabeca oferendas e velas (acho que era pra oferecer aos deuses).

- Transito - o que falar do transito? Todos que estao na India falaram sobre isso e eu achei que estava preparado, mas isso aqui eh o caos! Muitas vezes fico olhando assustado para o que esta acontecendo, enquanto os indianos agem como se fosse a coisa mais natural do mundo.

- Pedintes - muitos pedintes, muitos! Eles ficam fazendo sinal de fome com a mao e nao desgrudam. Teve uma crianca que caminhou algumas quadras ao meu lado pedindo dinheiro.

- Almoco - a primeira refeicao foi em um restaurante perto de um templo. So tinhamos uma opcao: Comida vegetariana - 39 rupias (o equivalente a R$ 2,50). Nunca tinha comido algo tao apimentado, chegou a arder a boca. Os trainees que estao a mais tempo na India falaram que estava mais picante do que o normal. Comecei bem!

Satyam Technology Center – STC

Depois do City Tour, fomos definitivamente para o Centro Tecnologico da Satyam, onde devo ficar pelas proximas 5 semanas. Eh um lugar enorme longe da cidade (tem um onibus da Satyam que faz o transporte gratuito) com varios predios de dormitorios, centros de treinamento, piscina, ginastica e etc. O meu apartamento eh muito bom, ate parece um hotel (ver fotos no proximo post). So falta o meu mordomo, hehehe :) Hoje eh segunda e nao temos nada pra fazer ate quarta, entao vou aproveitar pra descansar e conhecer os outros trainees.

No blog do Santiago tem muitas fotos do STC, eh so clicar aqui.

 

4. Fotos de Londres


Vista de cima da London Eye (Big Ben a direita) .



London Eye - maior roda gigante do mundo.


Londrinos tirando uma pestana e fazendo piquinique no parque (cena comum)


Sonzera do tiozinho. Muitos musicos perto da London Eye.


Suco no parque. We Brazil, we economics.


Picaddilly Circus - perto do albergue


Terrorista no metro.


Carrinho pequeno. Sera que eu entro ali dentro?


Em frente ao palacio da rainha.


Em frente ao British Museum.

sexta-feira, julho 22, 2005

 

3. Atentados

Ontem teve mais uma tentativa de atentado aqui em Londres, mas eu tava longe do centro, e fiquei sabendo so um tempao depois, pois nao vejo TV, nem leio jornal por aqui. Por sinal, comprei um jornal hoje pra me atualizar, hehehe. Hoje um cara foi morto no metro, ele saiu correndo e levou 5 tiros da policia.

Eu me mudei pra longe do centro, estou morando em Willisdon Green, fica na Zona 2. Eh bem mais barato. Ontem fiquei com um pouco de medo de ir pro centro depois das tentativas de atendado, mas pensei: "so tenho 4 dias, vou ir de qualquer jeito!!"... ai peguei o metro e me toquei pra bagunca. Algumas linhas do metro estavam desativadas e varios policiais na rua. Mas o que me deixou bastante impressionado, eh que as pessoas nao parecem estar com medo, muito pelo contrario, parecem estar totalmente alheias aos atentados. Ate li no jornal um artigo chamado: "Still nor afraid..." que fala sobre a determinacao dos londrinos em nao se afetar pelos atentados e seguir a vida normalmente.

Hoje estava caminhando pela zona central e comecei a notar melhor o estilo de vida londrino. Passeando pelos parques, eh normal ver grupos de pessoas juntos descansando, fazendo um piquinique (acho que nao eh assim que se escreve), conversando ou lendo um livro. Nas ruas, as pessoas sao educadas, mas serias. No metro, nao eh comum as pessoas conversando, mas eh normal eles estarem lendo ou ouvindo musica. Reparem que estou falando dos londrinos e nao dos turistas, pois da pra ver de longe a diferenca. Os turistas sao de todos lugares do mundo, o que resulta em uma mistura de cores, linguas, costumes e etc.

Hoje eh meu ultimo dia em Londres, amanha de manha estou embarcando pra India, e ai que comeca a aventura!

quarta-feira, julho 20, 2005

 

2. Primeiros dias em Londers

Depois de 10hs de viagem e 1 hora de sono, chegamos (eu e o Eurico) em Londres 8hs da manha. Fomos dormir? Claro que nao! Deixamos as malas no albergue (bem no centro) e saimos caminhando pela cidade. O que mais me impressionou nos primeiros dias foi a quantidade de gente na rua, eh uma multidao transitando, mas tudo muito organizado. O sistema de transporte tambem eh uma coisa impressionante. O metro sao dezenas de linhas interconectadas que te levam pra qualquer lugar! Claro que nos perdemos, hehehe. Eu pego o mapinha de 10 em 10 minutos pra ver qual o onibus ou linha de metro eu devo pegar pra ir ao proximo local. De vez em quando, confiamos na nossa intuicao, tipo assim: "acho que eh pra aquele lado" e vamos andando, ai descobrimos que era pra um lado completamento oposto. Ate comecamos a brincar de brasileiros perdidos que nao sabem falar ingles: "we Brazilian, we lost..." huahauhauha, demos muita risada. Agora to comecando a me acostumar.

terça-feira, julho 05, 2005

 

1. Primeiro post

Criei este blog para descrever a minha indiada que começa no dia 18 de julho de 2005 e tem previsão de durar um ano. Pretendo contar estórias, situações engraçadas, informações sobre a cultura indiana, sobre o povo, enfim, vou disponibilizar tudo que achar interessante sobre essa aventura.

Para quem não me conhece e não sabe o que eu vou fazer na Índia

Meu nome é Carlos, sou formado em Ciência da Comutação e estou indo participar de um intercâmbio pela Aiesec numa empresa indiana chamada Satyam.

O que é a Aiesec? É a maior organização de estudantes do mundo, presente em mais de 90 países e que tem como objetivo desenvolver pessoas. Como eles fazem isso? Entre outras coisas, através de intercâmbio - Aiesec exCHANGE people!

Por que a Índia? Porque é um dos maiores polos de informática do mundo, onde o mercado de tecnologia está crescendo muito e, conseqüentemente, abrindo muitas oportunidades.

Informações sobre a Satyam (por Eduardo Santiago)

É uma multinacional (presente em 46 países) com aproximadamente 22.000 funcionários. E pretende dobrar esse número em 3 anos. O forte da empresa é a prestação de serviços de offshore e outsourcing, que significa, bem por cima, terceirização da área de TI ou algo assim. Na verdade é bem mais que isso, mas ainda não encontrei uma explicação convincente... :-)
Como um dos objetivos da empresa é ser líder global, ela deve possuir uma equipe global, ou multi-cultural. Assim, ela recruta trainees de todo o mundo.

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