Aventura ou indiada?

Fui alocado em um departamento na Satyam três semanas atrás. Estou “trabalhando” em uma unidade chamada QEdge, que esta ligada a qualidade dos produtos. Basicamente, essa unidade é responsavel por testar os produtos, ou seja, teste de software. Existem vários tipos de teste de software, e a Satyam trabalha com diversas ferramentas. Pelo que eu entendi, a idéia deles (Satyam) é nos tornar especialistas em alguma ferramenta ou algum tipo de teste durante esse primeiro ano. O lugar que eu trabalho é afastado da cidade, tipo um polo de TI onde todas as empresas se alocaram (site). O predio da Satyam (foto ao lado) tem uns 10 andares e é um luxo só! Aqui perto tem um predio enorme da Oracle e muitos outros; é uma zona bem legal.


Mas é normal ficar tanto tempo sem trabalhar? Sim, não tem nada de errado nisso. A maioria dos trainees custa pra ser alocado em algum departamento (normalmente demora de 1 a 2 meses). Claro que existem exceções, tem uma trainee da Nova Zelândia que chegou duas semanas atrás e já viajou pra Califórnia participar de um projeto.



Mas por que demora tanto? Aconcete que em pequenas e médias empresas, as pessoas são alocadas facilmente nas unidades de negócio, mas aqui o buraco é mais em baixo. Só pra ter uma idéia, a Satyam tem mais de 23.000 funcionários e contrata mais de 500 por mês. A previsão é que a Satyam tenha 50.000 funcionários em 2008. Conseguem imaginar tanta gente?! Eu também não conseguia antes de ver com meus próprios olhos. Então todas essas pessoas ficam "sem emprego" até serem alocadas em uma unidade de negócio. Essas pessoas sem emprego são chamadas de "POOL" ou "BUFFER". É muito comum empresas de TI indianas terem um grande POOL, assim elas estão preparadas para futuros contratos. Não é uma coisa ruim estar no pool, na verdade é normal. Alguns trainees ficaram vários meses nessa situação. Além disso, pelas estatísticas, 20% dos funcionários voltam pro POOL todos os anos. Isso acontece se o funcionário pedir transferência ou se for dispensado de seu departamento.

Mas ainda não estou trabalhando. Como assim?! Calma, não é vagabundagem, hehehe. É que a luta por trabalho não termina por aí! Essa é só a primeira fase. Uma vez alocado em uma unidade de negócio (como eu estou agora), começa a luta para ser alocado em algum projeto. Para isso, é preciso disputar com os outros funcionários pelas vagas de acordo com as qualificações de cada um. Então basicamente, agora eu continuo fazendo NADA até eu ser alocado em algum projeto. Durante esse tempo, estamos sendo treinados. A espera por algum projeto, denovo, pode durar varios meses, como já aconteceu com alguns trainees. Depende muito da unidade e da pessoa.


Sobre onde vou morar, vou continuar em Hyderabad. Ainda estou morando no STC, mas pretendo me mudar em breve. A única coisa que eu tenho certeza é que preciso sair do STC o mais cedo possível. Ontem eu saí do trabalho 19hs e cheguei no STC depois das 22hs, mais de 3hs de viagem! O pior é que, em condições ideais de trânsito, dava pra fazer o mesmo percurso tranquilamente em 30min. O ônibus anda a uns 20km/h parando toda hora e buzinando o tempo todo, o trânsito é um caos total!

Abaixo algumas fotos da Tailandia. Pra ampliar, é só clicar em cima.

Ficamos o primeiro dia em Bangkok porque só tinha vôo pra Samui no outro dia de manhã. Denoite, voltando pro hotel, demos de cara com essa banquinha vendendo "aperitivos" exóticos. Tinha grilo, escorpião, barata (pelo menos parecia), e umas larvas estranhas.




Optamos pelo escorpião, que parecia ser o mais apetitoso, ou o menos nojento. O pior é que eu não tava pensando em comer, comprei só pra fazer umas fotos e tal. Mas aí o Thiago começou a gravar um vídeo e meteu uma pilha: "vai meu, come aí!". Bá, não neguei o sangue gaúcho e meti o escorpião na boca! No final, não achei ruim, não sei como explicar o gosto, é bem crocante.



No dia seguinte rumamos para Samui, que é uma ilha ao sul de Bangkok. O aeroporto é muito estiloso (foto ao lado).







Chegando em Samui, fomos direto para o porto porque, na verdade, o nosso destino era uma ilha vizinha chamada Koh Pha-ngan. Como a próxima balsa era só mais tarde, compramos um passeio turístico de um dia. O destino: um parque nacional perto de Samui composto por 42 ilhas. A foto ao lado é de uma das 3 maiores ilhas.



Paulo, eu, Giu e Carl. O lugar é simplesmente paradisíaco!








Essa foto tirada pela Natalia é sensacional. Ao ampliar a foto, dá pra me ver de bermuda branca conversando com o giu na beira da praia (fiquei com preguiça de subir o morro).






Indo embora do parque, feliz da vida.








Chegamos em Koh Pha-ngan e alugamos essa "cabana" em uma praia no norte da ilha.







Entrada da "nossa cabana". Sem comentários...











Massagem tailandesa na beira da praia (o mar está atrás da câmera). O velhinho é ninja, me deixou novo com 1 hora de massagem.







Vista da praia, com o Thiago brincando no balanço. Estávamos praticamente sozinhos na praia, pois setembro é temporada baixa na Tailândia.






Denoite fomos assistir Thai Boxing em um estádio local.








Antes de começar, pensei que ia ser umas lutas de cumpadre, bem pra turista. Logo que começou, mudei de idéia. O bicho pega mesmo!






Na última noite, fomos pra praia mais badalada chamada Haad Rin, onde acontece a famosa full-moon-party todo mês. Em fim-de-semana de lua cheia, milhares de pessoas dançam até o amanhecer na beira da praia.

Como não era lua cheia, não tinha rave naquele fim-de-semana, mas têm vários barzinhos espalhados pela praia e rola festa todo dia.

Paulo, em um momento de equilíbrio, no auge do seu nível etílico. Detalhe: bebida em uma mão e havaianas na outra, que malabarismo hein?! Olha a cara de felicidade do guri, hehehe






No sábado, compramos outro passeio de um dia, dessa vez para uma ilha chamada Koh Tao. Essa ilha é famosa por ser um ótimo local para mergulho.






Passamos o dia inteiro mergulhando e "descansando" na praia. Tem coisa melhor?!







A foto ao lado dispensa comentários...








Olha eu no canto da foto olhando pro infinito. O que será que eu tava pensando naquela hora? Talvez em mais uma massagem tailandesa pra relaxar ou em um escorpião pra matar a fome, hehehe





Fotinho padrão no barco indo embora.








Ultimo dia em Koh Phan-gan, galera reunida na despedida. Da esquerda, pra direita: Carl, giu, Paulo, eu, Thiago e Natalia.







Clima de funeral no barquinho nos últimos momentos na ilha.

Semana passada, proveitei que era feriado na quarta (7/9) e resolvi aproveitar meus últimos dias na gandaia (depois do treinamento técnico, participei de algumas entrevistas e fui alocado em um departamento, mas começaria a trabalhar só dia 12/9). Então me juntei ao pessoal de Bangalore e fomos pra Tailândia. Ao todo, éramos seis: eu, Thiago, Giu, Paulo, Natalia e Carl (irlandês).

Por que Tailândia? Porque é aqui pertinho (3hs de avião) e eu não via a hora de pegar uma praia. Mas não tem praia na Índia? Tem sim, mas na Índia têm vacas e indianos “fazendo as necessidades” na praia, o que não é muito agradável.

Nos próximos posts, vou contar mais detalhes sobre essa viagem fantástica, por enquanto só digo o seguinte: “a Tailândia é o paraíso na Terra”.

A foto ao lado e acima são de uma ilha perto do lugar onde ficamos hospedados. Para ampliar as fotos, é só clicar em cima.