sexta-feira, agosto 19, 2005

 

19. A maior indiada (continuação)

Chegando em Mysore, logo encontramos o Giu e o Thiago na rua e eles nos levaram para o hotel. Jantamos em um ótimo restaurante e combinamos o roteiro de domingo: alugar um carro e ir para um parque chamado Mudamalai (93km de Mysore) fazer um safari.

No domingão, acordamos 5:30, repito 5:30AM!! e saímos de carro em direção ao famoso parque. Detalhe: éramos 10 em um jipão da TATA mais ou menos do tamanho de uma Blazer. Tudo certo? Claro que não, depois de viajar 3hs espremidos no jipe, chegamos no parque e estava fechado. Acontece que o parque é do governo e aqui na Índia, assim como no Brasil, não dá pra depender dos serviços do governo.

Resolvemos tentar outro parque: Bandipur. Mais 1h “enlatados” para ir de um parque ao outro e no Bandipur só tinha safari programado para 16hs, mas era apenas 11hs. Decidimos que não valia a pena esperar 5hs pelo safari e resolvemos, depois de muita conversa, visitar uma cachoeira ali perto. Perto só no mapa, porque tivemos que pegar uma estrada super esburacada e demoramos 3hs pra chegar. Esse foi o ponto alto do dia, a cachoeira é realmente linda! Aproveitamos bastante a cachoeira e voltamos pro jipão para mais 3hs de volta a Mysore.

Total: 10hs dentro do carro e 3hs aproveitando, custo-benefício lá embaixo.


Domingo, acordamos cedo e fomos visitar o palácio dos marajás, que é realmente impressionante. Ainda tínhamos muitas coisas pra visitar em Mysore, mas devíamos partir para Hyderabad antes do meio dia. Na volta, escolhemos ônibus melhores e tivemos algum conforto. Chegamos 18hs depois em Hyderabad completando A Maior Indiada.




Ao lado, alguns turistas passeando de elefante em um dos parques. Nao quis fazer o passeio depois que vi como os elefantes sao tratados. Ta vendo a varinha na mao do carinha de bege? Adivinha pra que serve...






No caminho pro parque, paramos em um templo Hindu. Ao lado uma foto de um Brâmane (a casta sacerdotal) que estava dentro do templo. Os Brâmanes usam esse cordao amarrado no corpo como identificacao. Ja que toquei no assunto, retirei de um site o texto abaixo que explica como funciona o sistema de castas:

"Castas é um sistema que perpetua a superioridade racial dos brâmanes e outras castas mais altas sobre a maioria. Fundamental para o hinduísmo, influência toda a estrutura social e religiosa da Índia. A descriminação de casta é proibida pela constituição, mas é socialmente importante para mais de 80% da população. Existe uma estimativa de 6.400 castas. Cada uma funciona na realidade como um grupo separado por causa das altas barreiras sociais que as separam.

Embora a palavra "casta" tenha sido introduzida pelos portugueses por volta do século XV d.C., a principal característica do sistema surgiu no final do período védico. Dois termos - "varna" e "jati" - são antigos termos usados na Índia para definir o sistema de castas, sendo gradativamente substituída por alguns pelo termo casta.

Varna

Literalmente quer dizer "cor". Por volta de 600 a.C., este tinha-se tornado um padrão de classificação da população. A pele clara dos arianos os distinguia dos primeiros habitantes da Índia, que tinham a pele escura. O "varna" é uma divisão social hindu, que divide em quatro categorias a sociedade:

* Brâmanes (brahmins) eram visto como vindos da boca de Brahma;
* Kshatriyas (ou Rajputs como eles são geralmente chamados no noroeste da Índia) como guerreiros, vindo dos braços de Brahma;
* Vaishyas, uma comunidade de comerciantes, vindo das coxas de Brahma;
* Sudras, classificados como agricultores, vindo dos pés de Brahma.Relegados para fora da civilizada sociedade hindu estavam os intocáveis ou pária (fora da casta), que recebiam apenas os serviços que eram considerados impuros ou imundos, geralmente associados com os mortos (homens ou animais) ou com excrementos.

Jati

Muitos brâmanes e Rajputs estão cônscios de seu status dentro do "varna", mas muitos indianos não querem se colocar dentro de uma das quatro categorias do "varna", mas dentro de um grupo "jati". Existem milhares de diferentes grupos jatis em toda Índia. Nenhum destes grupos se considera como igual em status à qualquer outro grupo, mas todos são partes de uma hierarquia local ou regional. Estes não são organizados em qualquer sentido institucional, e tradicionalmente não havia um registro formal do status da casta. Enquanto indivíduos acham impossível mudar de casta ou subir na escala social, grupos algumas vezes tentariam ganhar reconhecimento como mais alta casta pelo adoção de práticas dos Brâmanes (Brahmins) tais como tornar-se vegetariano. Muitos costumavam ser identificados com atividades particulares e ocupações costumavam ser hereditárias. O membro de uma casta é definido simplesmente pelo nascimento. Todavia pode se ser evitado por sua casta, geralmente por desobediência as regras das castas, tal como casamento desfeito. Como não se pode fazer parte de outra casta, tecnicamente esta pessoa se torna um sem casta ou pária. E em muitos lugares, principalmente no interior, isto pode significar que esta pessoa não poderá continuar a trabalhar e a conviver entre eles."

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